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As novidades no tratamento da dor feito em casa

Segundo a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED) existem aproximadamente 50 milhões de brasileiros com dor das mais distintas naturezas. Tradicionalmente, as pessoas em geral tratam a dor com indicação médica e ou de fisioterapeutas, e ocorre em clínicas e consultórios. Porém nos últimos anos diversos fatores têm incentivado o consumidor a investir tempo e recursos para tratar a dor em casa, por exemplo: o alto custo dos serviços médicos, a dificuldade de locomoção nas grandes cidades para um tratamento continuado, e o acesso a informações de cuidados de saúde universalmente disponíveis na internet.


Dessa forma há uma tendência global de aumento de oferta de dispositivos para tratamento da dor em casa, sejam eles energizados (energia elétrica/bateria) ou não. Mas comparativamente o Brasil está muito atrás de outros mercados como o EUA onde um consumidor tem acesso a uma multiplicidade de opções de dispositivos para tratamento da dor. Um destaque são os equipamentos de eletroterapia, uma técnica de tratamento da dor de comprovada eficácia, que nos EUA são encontrados em versões compactas e portáteis desenvolvidas com foco no consumidor final. As principais tecnologias de eletroterapia para uso doméstico são TENS (neuroestimulação elétrica transcutânea) e diversas outras micro-corrente elétricas que recebem o nome de MENS (neuroestimulação elétrica por microcorrente). No Brasil os dispositivos de eletroterapia são encontrados, porém em um design profissional para uso em clínicas e consultórios, e sua operação exige conhecimento técnico.


Exemplo de dispositivo TENS ofertado nos EUA e no Brasil (respectivamente)

Há também diversas opções de dispositivos não alimentados com energia e que oferecem alternativas para tratamento da dor em casa como é o caso das órteses, bandagens, compressas e bolsas térmicas para termoterapia (aplicação de calor e frio).


De uma maneira geral há uma tendência global em aumentar o leque de opções para tratamento da dor em ambiente doméstico, seja com orientação de um profissional de saúde ou não.


Em nossa pesquisa para o estudo, Pain Management Devices: Global Market Analysis and Opportunities, avaliamos os mercados dos Estados Unidos, Europa e Brasil, e também outros países/regiões como o México e três grandes mercados da Ásia (Japão, Coreia do Sul e China). O objetivo é compreender melhor a relevância do mercado dos aparelhos para alívio das dores em cada uma dessas regiões, bem como sua estrutura, dinâmica e oportunidades. Além disso, Agnieszka Saintemarie, Gerente de Projeto da Kline & Co, e Bjorn Frederick, Gerente de Projetos da Factor-Kline, revelam algumas descobertas interessantes sobre a pesquisa.

O relatório inclui uma pesquisa com profissionais de várias regiões. O que vocês esperam descobrir/estudar/entender com isso?


Alinhada com a nossa pesquisa detalhada dos sete mercados citados acima, também conduzimos uma pesquisa com médicos dos Estados Unidos, México, Alemanha e China. E para fins da pesquisa selecionamos diversos tipos de especialistas de cada mercado analisado, entre eles incluem-se, por exemplo, quiropraxistas norte-americanos, ortopedistas alemães e médicos da medicina tradicional chinesa.


A pesquisa visa obter uma melhor compreensão nas quais soluções para o alívio das dores são usadas atualmente no ambiente profissional e que são recomendadas para uso doméstico também, além dos tipos de dores que estão sendo tratados com essas soluções. Também estamos mapeando as oportunidades existentes para o tratamento da dor, por meio de coleta de ideias com quem está mais próximo dos consumidores que sofrem de dor crônica.

Qual é o tamanho desse mercado nos Estados Unidos e de como ele está crescendo? E no Brasil?


Nos Estados Unidos, o mercado é muito fragmentado. Os aparelhos de TENS e microcorrente são representados por mais de 500 marcas registradas na FDA. Até o presente momento a nossa pesquisa mostrou que o mercado de aparelhos mecanizados apresenta um crescimento de dois dígitos nos Estados Unidos.


No Brasil, o mercado ultrapassa os US$ 100 milhões e tem crescimento de um só dígito, embora o potencial completo do mercado seja limitado pelas rígidas regulações do Ministério da Saúde. Isso ocorre principalmente para aparelhos mecanizados de TENS, MENS, laser e ultrassom, que precisam de certificação técnica/médica dos efeitos da terapia. O procedimento para obter a certificação no Brasil é caro e demorado. O mercado brasileiro é muito sensível a preço e o momento de crise faz com que o consumidor opte pelos tratamentos de mais baixo custo.

O que vocês aprenderam sobre os canais de venda desses produtos? É algo que difere muito entre os países?


Os canais de distribuição variam de um país para outro. Nos Estados Unidos, as farmácias são um canal de vendas extremamente importante e em conjunto com varejistas de grande escala, como o Wal-Mart. Não ficou para trás o alcance do canal direto como vendas on-line, por exemplo.


Stand de aparelhos para alívio das dores em um shopping dos Estados Unidos


Stand de aparelhos para alívio das dores em uma loja especializada no Brasil


No Brasil as lojas especializadas em equipamentos médicos são o principal canal, respondendo por aproximadamente 70% do total de vendas. As farmácias são um canal importante no segmento de aparelhos não mecanizados, e tende a ter importância cada vez maior no futuro.

Quais são exemplos dos aparelhos mais interessantes que a pesquisa descobriu até o momento?


Existe uma tendência de novos lançamentos concentrados em aparelhos multifuncionais. Os exemplos incluem a combinação de um aparelho de massagem/vibração com um aparelho de fototerapia, como o MG70 Infrared Massage da Beurer ou o aparelho de massagem com LED de calor HM112, da Omron, este último disponível também no Brasil.


Um destaque no Brasil é a presença de um dispositivo TENS descartável desenvolvido pela empresa brasileira Medecell, que exporta para diversos países. É um oferta interessante ao consumidor, pois seu custo o coloca em concorrência direta com medicamentos OTC tipicamente consumidos para redução da dor.

TANYX (Medecell) – dispositivo TENS descartável

No segmento de aparelhos não mecanizados, a combinação de compressas quentes e frias é uma prática comum, bem como o uso de envoltórios com gel que podem ser congelados, para tratamentos a frio ou com calor. A termoterapia tradicionalmente era aplicada com bolsas de pano ou borracha que são enchidas com água quente ou fria. Mais recentemente no Brasil foram lançadas opções de adesivos térmicos que geram temperatura por reação química e agregam valor pela sua conveniência.


Para obter mais informações sobre tendências e novidades, e principalmente dados exatos, consulte o nosso estudo de mercado Pain Management Devices: Global Market Analysis and Opportunities , uma análise sobre o mercado mundial de produtos de para tratamento da dor.



Fonte: Kline Blogs - Abril/2016 (The New Face of DIY Pain Management)



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