Amônia: Um possível antídoto na transição energética
Ao passo em que a comunidade global caminha para um futuro mais verde, a procura por combustíveis alternativos se intensifica. Dentre os principais pretendentes atuais, o hidrogênio e a amônia são os que mais se
destacam.
Embora o hidrogênio possua uma alta densidade energética em termos de massa, sua viabilidade imediata como um combustível é impedida por requerer grandes volumes de armazenamento e pela falta de infraestrutura. Seu transporte seguro em todo o mundo também constitui um desafio significativo e envolve dificuldades no redirecionamento dos graneleiros e oleodutos já existentes. Além disso, garantir a segurança no armazenamento de grandes quantidades de hidrogênio em centros de transporte é uma outra preocupação a se considerar.
De fato, essas limitações do hidrogênio levaram os engenheiros a considerarem a amônia como um combustível em potencial. O conceito de utilizar amônia como um “portador” do hidrogênio ganhou momento, com o reconhecimento da capacidade tecnológica de dividir a molécula de amônia (NH 3 ), obtendo seus componentes originais, o hidrogênio (H, sendo H 2 sua forma gasosa) e o nitrogênio (N, sendo N 2 sua forma gasosa), no ponto de uso.
A amônia é fácil de manejar e pode ser transportada a granel, e os sistemas para transportá-la já estão bem estabelecidos. Esse não é o caso com o hidrogênio, que pode enfrentar desafios de corrosão devido aos oleodutos de aço e outros containers.
Um caso em questão é o Japão, que está dando um passo ousado em direção à adotar a amônia como uma solução para as emissões de gases do efeito estufa. Com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050, o Japão planeja priorizar a energia limpa derivada da amônia. A curto prazo, o país idealiza importar amônia de origem fóssil de baixo carbono, fazendo a transição para a amônia renovável a partir de 2030. Essa abordagem visionária posiciona a amônia como um componente estratégico nos esforços do Japão em combater as mudanças climáticas.
Os Usos da Amônia Verde
Cerca de 70% da amônia é utilizada em fertilizantes; o resto é usado em aplicações industriais. A demanda por amônia deve crescer significativamente ao longo dos próximos anos, ao passo em que a população expande.
Desafios no Dimensionamento do Mercado de Amônia
Prontidão tecnológica: embora a tecnologia para a produção de amônia por meio do processo Haber-Bosch esteja bem estabelecida, as aplicações que utilizam amônia como combustível em motores à combustão interna (ICEs, Internal Combustion Engines) e em células de combustível (FCs, Fuel Cells) ainda estão em desenvolvimento e nas etapas de pesquisa. Aplicações no mundo real na indústria de transporte seguem limitadas.
Custos: atualmente, os custos estimados de produção para novas plantas de geração de amônia renovável estão entre 720 e 1.400 dólares por tonelada, com projeções indicando um declínio para 310 a 610 dólares por tonelada até 2050. Em comparação, os custos de produção de amônia a partir do gás natural e a partir do carvão atualmente variam entre 110 e 340 dólares por tonelada. Entretanto, incorporar a captura e o sequestro de carbono adicionaria de 100 a 150 dólares por tonelada, elevando os custos de produção dos derivados de combustíveis fósseis de baixo carbono para 210 a 490 dólares por tonelada. Mais de metade do custo da produção de amônia provém de energias renováveis e, para que a amônia seja competitiva, os preços das energias renováveis devem ser de 20 dólares por megawatt-hora (MWh) ou menos. Além disso, uma multa de CO 2 de 60 a 90 dólares por tonelada de gás pode ser necessária para facilitar a transição para a amônia de baixo carbono. Na ausência de um mecanismo de precificação do carbono, o custo da amônia renovável deve diminuir para manter a competitividade no mercado global.
Obstáculos regulatórios: a amônia enfrenta desafios regulatórios e não é aprovada como combustível por nenhum órgão regulador, incluindo a Organização Marítima Internacional (IMO, International Maritime Organization) e as autoridades do setor de energia. Protocolos para manuseio seguro, padrões de produtos, testes de emissões e verificação devem ser estabelecidos antes que a amônia possa obter ampla aprovação regulatória.
O Que Vem a Seguir para a Amônia Verde?
À medida que o mundo procura alternativas sustentáveis aos combustíveis tradicionais, embora persistam desafios em questão de tecnologia, custos e regulamentação, os esforços contínuos de pesquisa e desenvolvimento estão pavimentando um caminho para que a amônia desempenhe um papel transformador no panorama energético global. Ao passo em que navegamos em direção a um futuro mais limpo e verde, um antídoto para os combustíveis fósseis reside na simplicidade de um átomo de nitrogênio e três átomos de hidrogênio – sob a forma de amônia verde.
A Kline possui uma variedade de estudos de inteligência competitiva sobre o mercado de energia, que versam sobre suas tendências presentes e futuras. Esses relatórios oferecem uma série de benefícios para as empresas que desejam tomar decisões estratégicas fundamentadas:
Compreensão do Mercado e da Indústria: os relatórios de inteligência competitiva da Kline & Co fornecem insights sobre o mercado, tendências, oportunidades e ameaças. Isso ajuda as empresas a entenderem melhor o cenário em que operam.
Análise dos Concorrentes: nossos relatórios permitem que as empresas acompanhem as atividades dos concorrentes. Isso inclui análise de produtos, preços, estratégias de marketing e participação de mercado. Com essas informações, as empresas podem ajustar suas próprias estratégias.
Identificação de Oportunidades de Crescimento: ao analisar os dados de inteligência competitiva, as empresas podem identificar oportunidades de crescimento. Isso pode incluir novos mercados, segmentos de clientes ou produtos/serviços a serem desenvolvidos.
Mitigação de Riscos: a inteligência competitiva ajuda a prever riscos e ameaças. Isso permite que as empresas tomem medidas proativas para minimizar esses riscos.
Apoio à Tomada de Decisões Estratégicas: os relatórios fornecem informações objetivas e baseadas em dados que apoiam a tomada de decisões estratégicas. Isso é especialmente útil para líderes executivos e gerentes.
Monitoramento de Tendências e Inovações: acompanhar as tendências do setor e as inovações é essencial para se manter competitivo. Os relatórios de inteligência competitiva da Kline & Co. ajudam nesse monitoramento contínuo.
Aprimoramento da Eficiência Operacional: com insights sobre as melhores práticas do setor e processos eficientes, as empresas podem otimizar suas operações.
Avaliação de Desempenho Interno: comparar o desempenho interno com o dos concorrentes permite que as empresas identifiquem áreas de melhoria e destaquem seus pontos fortes.
Caso tenha interesse em algum estudo do setor ou deseja saber um pouco mais sobre esse mercado e como podemos ajudá-lo a adentrar ou crescer nele, entre em contato conosco:
Comments