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Produtos Falsificados Respondem Por 10% das Vendas Globais de Lubrificantes

Quando o mundo mudou para o e-commerce durante a pandemia do COVID-19, os fabricantes de lubrificantes falsificados também mudaram e passaram inclusive a se utilizar de plataformas como a Amazon e o eBay.


“Como resultado, as falsificações representam agora cerca de 10% das vendas globais totais de lubrificantes, diz Satyan Gupta, diretor do KMC Energy Practice da Kline. “Óleos de motor de automóveis de passageiros, óleos de motor de serviço pesado, óleos de motocicleta, graxa, fluidos de usinagem, fluidos hidráulicos e óleos de motor industrial são os alvos principais, com produtos e marcas premium e de giro rápido sendo atingidos com mais força”.


De acordo com Gupta, falsificadores de lubrificantes preferem investir em produtos caros empacotados e vendidos em embalagens compactas e barris, uma vez que isso facilita o processo de reembalagem e revenda dos produtos em pequenas quantidades. Ainda, isso torna mais simples a proliferação dos falsificadores por meio de canais indiretos, onde se encontra grande parte dos interessados nos produtos. “É por isso que os falsificadores de lubrificantes prevalecem no segmento automotivo, em comparação com a categoria industrial” diz Gupta.


Truques dos Enganadores


A abordagem mais comum dos falsificadores é a utilização da embalagem original, substituindo tudo ou apenas uma parte de seu conteúdo por produtos de qualidade inferior. A embalagem então é selada novamente com uma nova tampa com anel de segurança, ou uma faixa inviolável. Alguns falsificadores optam por utilizar rótulos de marcas premium para vender produtos reciclados enquanto outros são conhecidos por fabricar novos rótulos e embalagens, as quais são preenchidas com produtos de qualidade inferior. Neste caso, de acordo com Gupta, houve, de fato, gráficas que funcionaram como “agentes duplos”, trabalhando tanto para as empresas legítimas, como para os falsificadores de seus produtos.


Outros truques incluem a utilização de embalagens contendo logos, marcas registradas e paleta de cores parecidas com as da embalagem original, com o intuito de enganar o consumidor. Alguns falsificadores foram tão longe que inventaram produtos novos que sequer existiram sob o nome da marca original.


Truques para os Enganados


Apesar do desafio de estar á frente dos vigaristas sempre ter sido um desafio, nunca pareceu tão difícil. A mudança global para o comércio online nesse último ano, devido ao COVID-19, resultou na inundação do mercado com produtos falsos e indetectáveis.


No entanto, nem tudo está perdido. Governos ao redor do mundo estão trabalhando em legislações para combater os produtos falsificados. As cadeias de suprimentos estão sendo revisadas com o objetivo de torna-las menos acessíveis aos falsificadores e os fabricantes estão incorporando tecnologias anti-falsificação de ponta em suas embalagens, incluindo selos de identificação por radiofrequência – ou RFID, do inglês, radiofrequency identification – equipados com microchips, códigos de barra, selos de segurança, eselos inteligentes, hologramas, codificação em massa, criptografia digital e serialização. Além disso, serviços de nuvem já existem e oferecem serviços de autenticação por meio dos smartphones.


No Brasil, o problema também não é pequeno: de acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), cerca de 30% dos produtos falsificados no país concentram-se em itens de motor de veículos automotivos. E esse esquema de falsificação não deixa de ser atraente para os envolvidos: recentemente, foram presos em flagrante três funcionários de uma empresa em Nova Iguaçu, RJ, que movimentava mensalmente cerca de R$ 1 milhão por meio da venda de óleos adulterados. Estes, por sua vez, eram obtidos de forma ilícita em galões de 200 litros, forma de embalagem bastante utilizada no esquema de falsificação, como mencionado anteriormente.


O óleo lubrificante falso não só gera prejuízos financeiros, como também pode colocar em risco a vida dos consumidores: imagine um lubrificante falso desgastando as peças do motor de um veículo, causando a quebra de pistões e do bloco de motor – isso pode levar, muito provavelmente, a um incêndio ou a um acidente – e é por esse e outros muitos motivos pelos quais o conhecimento e o combate aos lubrificantes falsificados é um tópico de extrema relevância atualmente.


A Kline tem seguido de forma atenta as tendências de vendas de lubrificantes no espaço de e-commerce - acompanhando a evolução do ecossistema - com foco nas principais plataformas, análise de vendas de produtos para canais B2B e B2C, cenário competitivo, oportunidades e perspectiva de crescimento em mercados regionais selecionados. Além disso, relatórios sobre a China, Índia, Indonésia, Filipinas e Malásia - alguns dos principais mercados em que a falsificação de lubrificantes prospera - já foram publicados como parte do relatório Global Lubricants (https://klinegroup.com/reports/global-lubricants-market-analysis/). Agora em sua 19ª edição, o estudo fornece perfis de mercados de 17 países com uma avaliação detalhada e independente da indústria de lubrificantes automotivos e industriais acabados em cada país. Informações sobre todos os principais fornecedores também estão incluídas, assim como o impacto do COVID-19 e a mudança nas tendências de longo prazo. Além disso, o white paper da Kline sobre lubrificantes falsificados na Ásia, escrito para a Associação da Indústria de Lubrificantes Asiáticos (ALIA) e seus membros, está disponível mediante solicitação.


Para mais informações sobre os mercados globais e local de lubrificantes, incluindo temas como falsificação de lubrificantes, entre em contato conosco por meio dos números (11) 3624-8719 / 3624-8718 ou via e-mail, no endereço contato@factorkline.com.br.


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